A Casa do Empresário se reuniu no fim da tarde desta quarta-feira (09/12) com diretores, representantes dos hospitais São Sebastião e São João Batista, o prefeito e vice eleitos para a próxima gestão, a Câmara Municipal de Viçosa e representantes do comércio de Viçosa. Também foi convidado para o encontro o representante do ministério público que justificou sua ausência, devido audiências e outros compromissos que já estavam estabelecidos. O atual prefeito, Ângelo Chequer, o procurador municipal e o representante também foram convocados, mas estes não compareceram à reunião. A iniciativa da entidade era promover o diálogo entre as instituições para debater a respeito do decreto municipal 5.584/2020 que determina o fechamento do comércio e propor soluções para manter o funcionamento das empresas no município.
A reunião foi conduzida pelo presidente, Julismar Marques e pela advogada e diretora da Casa do Empresário, Marinês Alchieri, que no momento destacou a total insatisfação do setor com a medida de fechamento, visto que, até aquele momento, não haviam dados e estatísticas que demonstrasse o número de infectados pelo comércio e que estes não poderiam ser penalizados. Ela ainda ressaltou que as empresas, que já sofreram consequências graves com a suspensão das atividades no início da pandemia, se adequaram as todas as medidas de proteção, especialmente aquelas determinadas pela pelo poder público, para manter a segurança nos estabelecimentos e que este é o período em que os comerciantes fizeram altos investimentos para tentar se recuperar da crise deste ano. Outros pontos foram tratados durante a reunião como falta de fiscalização intensiva do município, principalmente diante das aglomerações, festas e outros focos que podem causar o contágio, e evidenciou alguns questionamentos dos empresários que ressaltam que não há como garantir que com o fechamento do comercio tenha uma redução no número de casos.
Na ocasião, Marinês ainda ressaltou que a Casa do Empresário sempre buscou o diálogo e nas decisões e debates da Prefeitura e do Coes, mas teve sua participação negada no comitê. A entidade, assim como os comerciantes, não é contra o fechamento, mas o que querem é serem ouvidos e pensarem juntos em uma reestruturação do decreto e elaborar outras medidas para conter o avanço do vírus, de forma que os segmentos não sejam prejudicados.
Hospitais municipais
Os diretores dos hospitais HSJB e HSJS que estiveram presentes na reunião destacaram que, a princípio, as ocupações estão sob controle. No São Sebastião, destinado especialmente ao atendimento de crianças e gestantes com casos positivos, não houve a renovação de contratos e que leitos de UTI covid foram desativados devido à falta de ocupação, no caso dos leitos clínicos, estes foram desativados, mas permanecem com suas estruturas físicas mantidas para caso tenha necessidade.
No caso do hospital São João Batista, o diretor, Sérgio pinheiro, afirmou que há 10 leitos de UTI covid um ponto de atendimento emergencial, sendo 7 ocupados. Em relação aos leitos clínicos, atualmente, o hospital possui 18 leitos ativos, sendo que 6 deles estão ocupados.
Câmara Municipal de Viçosa
Em sua participação como representante da Câmara Municipal de Viçosa, o vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (Avante) declarou que a Câmara, em 70% de seu corpo, também é contrária a decisão municipal de fechamento do comércio e adesão a macrorregião e ressalta e a insatisfação em relação a falta do diálogo e a penalização do comércio, que é um dos grandes responsáveis pela geração de emprego e desenvolvimento da cidade. Ele ainda relata a Casa legislativa está limitada diante da situação e que os vereadores não têm o poder para interferir ao documento, mas declara todo o apoio e solidariedade à entidade e a classe comercial.
Para finalizar a reunião, o prefeito eleito na cidade, Raimundo Nonato, usou a palavra salientar que pede o apoio de todos os órgãos e a população, ressaltou que a sua intenção em realizar uma administração aberta ao diálogo e a participação. Além disso, declarou que estará disposto a ouvir a classe empresarial. No fim, ele adiantou que pretende criar um comitê técnico para tratar de questões de saúde e das medidas para tratar sobre o coronavirus e já afirmou que a Casa do Empresário terá representação e participação ativa no comitê.