Empresários e funcionários do comércio de Viçosa se reuniram na tarde desta segunda-feira, 12, em um ato pacífico, organizado em conjunto com a Casa do Empresário. O movimento que teve início em frente à Câmara Municipal de Viçosa seguiu até Prefeitura, e teve como objetivo pedir a retomada das atividades comerciais na cidade.
A manifestação ocorreu de forma organizada, obedecendo a todas as medidas de prevenção à covid -19 e contou com a adesão de grande parte das empresas do município. Em direção a prefeitura, os presentes carregavam cartazes de protesto e entoaram frases como “Queremos trabalhar”, ressaltando que é injusto o funcionamento apenas de parte do comércio e que todas as atividades são essenciais.
Após a chegada à sede do poder público, o setor solicitou a presença do prefeito para ouvir as reivindicações apontadas. Alguns proprietários de setores, como bares, restaurantes, academias e confecções, usaram o carro de som para expor o descontentamento mediante a decisão de fechamento do comércio.
Os vereadores Sergio Augusto Marota, Cristiano Gonçalves e Vanja Albino, também participaram do ato e apoiaram o setor. Em sua declaração. Sergio ressalta que todo o trabalho que leva o sustento de uma família deve ser considerado essencial. Cristiano também se pronunciou e disse que é preciso que o prefeito pressione o governo estadual e que é preciso buscar alternativas e mudanças no cenário atual.
Reunião com o poder público
Após manifestação, o presidente da Casa do Empresário, Julismar Marques e representantes dos setores considerados “não essenciais” participaram de uma reunião onde estava presente o prefeito de Viçosa, Raimundo Nonato, e demais representantes da prefeitura.
Durante o encontro, foi colocado pelos comerciantes o fato de que apenas uma parcela dos estabelecimentos está sofrendo com as medidas restritivas, que não são aplicadas de forma igualitária. Destacou-se ainda, o fato de que todos os comércios se adequaram as medidas estabelecidas pela vigilância, podendo, portanto, atender de forma segura seus clientes.
Evidenciaram também a situação atípica de Viçosa em relação às demais, visto que, o comércio, que em parte depende economicamente da UFV, já sofre com a saída dos estudantes da cidade após cancelamento das aulas. Devido a este fator, propuseram a saída do município do programa Minas Consciente e a criação de um protocolo específico que respeite as medidas de segurança, mas que possa garantir o funcionamento completo do comércio.
Os representantes públicos ressaltaram que a Onda Roxa é impositiva, impossibilitando que haja mudanças até o fim do decreto estadual. Entretanto, alegaram estarem confiantes da regressão do município para a Onda Vermelha, decisão que será tomada após reunião do Minas Consciente na quarta-feira, dia 14 de abril.
Após as colocações foi acordado a criação de um protocolo, que será divulgado pela Casa do Empresário, com intenções a serem adotadas nos próximos dias. Além disso, foi cobrado que o órgão municipal pressione os deputados estaduais para que intervenham junto ao governador em relação ao protocolo adotado